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Ao entrar numa escola




Ao entrar numa escola percebemos que ora há o silêncio dos momentos de atenção ora há a algazarra própria de quem liberta a sua energia. Há dias, alguém me mostrava como formalmente a escola parece não ter mudado nos últimos duzentos anos. Mas, comparando a escola que eu frequentei com as escolas que frequentaram meus filhos e agora meus netos, há diferenças e continuidades.
A palavra escola tem origem grega. Scholé significa etimologicamente o lugar do tempo livre, do ócio. E aqui o tempo livre e o ócio nada têm de pejorativo, a palavra significa disponibilidade de espírito para o conhecimento e a compreensão. Educar é despertar para a liberdade e a responsabilidade – é ensinar a perguntar. E desde que nasce, a criança é já um cidadão na medida das suas capacidades.

A Escola amiga da criança é a que é capaz de criar um espaço de confiança e de entrega. Vemos as velhas gravuras representando o mestre grego a falar com os seus alunos, numa troca permanente de ideias e de experiências. Aí estão a poesia, a música, o exercício físico – e assim as letras e os números se juntam naturalmente. É o amor de aprender que distingue a humanidade. A escola é já a expressão da própria vida. A sociedade não fica à porta da escola. Nunca a arte de educar pode ser um discurso que se recebe passivamente. Na escola tem de se compreender que todos são iguais e diferentes. E não há escola sem a exigência ligada à liberdade, sem a disciplina associada à autonomia. É o bom exemplo que importa cultivar. A escola não é amiga da criança se não equilibrar o sentido do trabalho e o sentido da felicidade.

O lugar do tempo livre é o lugar do saber com genuíno gosto do que fazemos e das pessoas que encontramos e com quem convivemos. Pela vida fora essa atitude tem de continuar – devemos entregar-nos de alma e coração ao que fazemos, com gosto, amizade e compreensão de que o esforço é compensado. Se nos jogos desejamos ser os melhores, o que é natural, o certo é que devemos ter o domínio de nós mesmos, para compreendermos que temos sempre de saber pôr-nos no lugar dos outros… Como assumiremos uma cultura de paz e de cuidado se não compreendermos que o outro é o outro lado de nós mesmos?… Como dizia Maria de Montessori “a infância é uma noção substantiva, que existe por si própria, sem necessidade de relacionação com qualquer coisa que se considere fundamental dentro da espécie; da criança nada há a exigir senão que se desenvolva segundo seu ritmo (…); deixemos a criança livre das nossas pressões e ela, por si, se transformará no adulto”. Não pode haver indiferença em relação aos outros. O bem, o bom, o belo, o justo e o verdadeiro têm de fazer parte da vida de sempre… E recordo grandes professores que tive. Os melhores souberam sempre preservar o equilíbrio entre o rigor e a alegria, entre a disciplina e a liberdade. E lembro o exemplo de Rómulo de Carvalho. As suas aulas funcionavam como uma encenação teatral e num clube de física que incentivou, acompanhava à distância, promovendo a criatividade e dando as orientações fundamentais… O melhor mestre é aquele cuja autoridade se faz sentir naturalmente. Há que compreender o mundo que nos rodeia, a mudança e a incerteza – criando condições para que a liberdade não se perca na rigidez e a autonomia se ganhe na alegria e na confiança. Partimos assim da imperfeição natural, para a obrigação de fazermos sempre melhor, respeitando-nos!”


Guilherme d’Oliveira Martins
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