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O sucesso, sem sofrimento, sem esforço e sem erros



A maioria das crianças chegará, hoje, menos "estragada", à escola. Porque os pais são melhores e mais atentos. E porque elas são menos deixadas à sua sorte, são mais apoiadas e mais protegidas. Por outro lado, chegarão lá com mais conhecimentos, mais mundo mas, regra geral, com menos "escola da vida".

Serão condições indispensáveis para que as crianças tenham, hoje, mais sucesso? Nem sempre. Em primeiro lugar, porque as boas notas na escola, às quais restringimos o sucesso, são muitas vezes resultado de um "trabalho de equipa" que nem sempre corresponde ao valor real que os alunos acabam por ter. Em segundo lugar, o sucesso - que, por vezes, é vivido pelos pais como uma forma de crescer muito depressa, sem sofrimento, sem esforço e sem erros - representa uma forma pouco amiga da "imunidade à dor" que só se conquista quando se convive (ao menos, aos bocadinhos) com ela.
E, finalmente, porque "O sucesso" - de que os pais, muitas vezes, falam - representa uma forma de assumirem o desejo dos seus filhos terem (muito depressa!) muita visibilidade social, muita notoriedade e, sobretudo, de ganharem muito dinheiro.

Tudo - repito - muito depressa. E, quando se enviesa o crescimento das crianças deste modo, corremos o risco de a escola as apanhar, "à entrada" inteligentes e capazes ao passo que, "à saída", parecem ter, sobretudo, "muita personalidade", que é uma forma de reconhecermos que aquilo que elas querem está muito além daquilo que, nesse momento, estarão a valer. Por mais que o seu valor seja, seguramente, maior do que aquele que, secretamente (atrás de "tanta personalidade", que esconde uma insegurança ainda maior), imaginam ter.

Às vezes, parece-me que há cada vez mais crianças que entram e saem da escola... sem nunca lá terem estado. Talvez porque cheguem à escola como pessoas singulares e a escola entenda transformá-las em "produtos normalizados". Mas afinal, pergunto eu, o "mesmo ensino" serve para todas as crianças? Se com o "mesmo ensino" se imaginar que todas aprendem da mesma forma, pensam da mesma forma, fazem raciocínios da mesma forma, vão do símbolo à palavra da mesma forma, representam da mesma forma, ou reagem aos desafios, à avaliação ou à cooperação da mesma forma então, é claro, que "o mesmo ensino" não serve para todas as crianças. Como pode, sendo assim, o "mesmo ensino" ajudar a que crianças saudáveis se transformem em pessoas, verdadeiramente, com sucesso? Como se pode ter sucesso sem sofrimento, sem esforço e sem erros?... Pois... Não pode!
 
 
 Por Eduardo Sá  
   
   
       

       
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